Surdos no Brasil

O Brasil possui 5,7 milhões de pessoas com deficiência auditiva ou surdez

*Segundo o IBGE no senso 2000, 24,5 milhões de brasileiros apresentam algum tipo de deficiência, sendo 14,5% da população total.

• Dentre eles, 4,6 milhões possuem deficiência auditiva e 1,1 milhão são surdas, totalizando aproximadamente 5,7 milhões de pessoas.

Conceito e Classificação da Deficiência Auditiva

Denomina-se deficiência auditiva a diminuição da capacidade de percepção normal dos sons, sendo considerado surdo o indivíduo cuja audição não é funcional na vida comum, e parcialmente surdo, aquele cuja audição, ainda que deficiente, é funcional com ou sem prótese auditiva. 

Pelo menos uma em cada mil crianças nasce profundamente surda. Muitas pessoas desenvolvem problemas auditivos ao longo da vida, por causa de acidentes ou doenças. 

Existem dois tipos principais de problemas auditivos. O primeiro afeta o ouvido externo ou médio e provoca dificuldades auditivas "condutivas" (também denominadas de "transmissão"), normalmente tratáveis e curáveis. O outro tipo envolve o ouvido interno ou o nervo auditivo. Chama-se surdez neurossensorial. 

A deficiência auditiva pode ser classificada como deficiência de transmissão, quando o problema se localiza no ouvido externo ou médio (nesse caso, o prognóstico costuma ser excelente); mista, quando o problema se localiza no ouvido médio e interno, e sensorioneural (neurossensorial), quando se origina no ouvido interno e no nervo auditivo. Infelizmente, esse tipo de surdez em geral é irreversível. A surdez condutiva faz perder o volume sonoro: é como tentar entender alguém que fala muito baixo ou está muito longe. A surdez neurossensorial corta o volume sonoro e também distorce os sons. Essa interpretação descoordenada de sons é um sintoma típico de doenças do ouvido interno. 

Fonte: Deficiência Auditiva / organizado por  Giuseppe Rinaldi et al. - Brasília: SEESP, 1997.  VI. - (série Atualidades Pedagógicas; n. 4)  MEC

Causas da Surdez

Pode ser transmitida geneticamente ao bebê ainda na gestação, por infecções como rubéola, sarampo, ou doenças (diabetes, doença cardiovascular), traumas, ingestão de medicamentos, ácool ou drogas, incompatibilidade sanguínea entre o feto e a mãe ou falta de alimentação.

Como consequência pode aparecer uma malformação ou um mau funcionamento no sistema auditivo do feto, que pode manifestar-se até aos 3 anos de idade.

Pode também ser provocada por um parto prematuro ou por má circulação do sangue, problemas com a anestesia ou traumatismos obstétricos.

Na criança, o risco de surdez também está ligado à hereditariedade ou a complicações de saúde, tais como infecções (meningite, otite, encefalite, hepatite, varicela, sarampo, papeira, malária), doenças, traumatismos cranianos ou aústicos ou medicação ototóxicos (alguns antibióticos, como a estreptomicina, a gentamicina, drogas usadas na quimioterapia).

Já na idade adulta, a surdez ocorre em vítimas de acidentes de trânsito ou de trabalho.

Graus de Surdez

- Leve – entre 20 e 40 dB
- Média – entre 40 e 70 dB
- Severa – entre 70 e 90 dB
- Profunda – mais de 90 dB
• 1º Grau: 90 dB
• 2º Grau: entre 90 e 100 dB
• 3º Grau: mais de 100 dB

Mais informações censitárias sobre os surdos no Brasil, baixe o arquivo:

•Censo IBGE 2000 - Dados sobre os surdos - Baixe o arquivo

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